segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Liana

Que bom seria se... (e antes de concluir o pensamento, adormeceu).

- Mas quem? Ela?

- Se nunca tiveres tempo, acho que serei sempre eu.
- ...
- Mas sabes, se eu um dia aprendesse a nadar, enchia a banheira de água e sozinha nadava até ao alto mar.
- ...
- Depois ao primeiro tubarão corajoso que aparecesse eu implorava para me levar.
- Matar?
- Sim. Soltar.
- ...

**

12 comentários:

maria madeira | antónio rodrigues disse...

Consegues deixar-me sempre sem palavras para comentar...pensas muito, não é Liliana? :)*

liliana_lourenço disse...

Então é porque se calhar deixo-te a pensar também. :)

Mas sim, penso muito Maria. Penso até em demasia.. ;) **

Anónimo disse...

esses desenhos ,ão tão legais muito ,doce

liliana_lourenço disse...

:) Obrigada Mateus. **

elsafer disse...

esta perspectiva do corpo feminino é belíssima , que complementada com as palavras transmite proximidade , quase um toque sensitivo da sua pele.

liliana_lourenço disse...

:) Obrigada Elsa. **

7ze disse...

Nada, nada, nada...

As letras estão cada vez melhores, a forma como as plasmas na ilustra.

E continuo (porque já o disse) a achar que se desprende um forte erotismo (aqui, num sentido subtil e positivo, precisamente em oposição ao porno), das tuas mensimagens...

Pergunto-me, a bem da partilha com o resto da humanidade, se não seria bom arranjares um canal em inglês (e francês, espanhol, chinês, japonês...)

liliana_lourenço disse...

'Há mar e mar, há ir e...' obrigada 7ze. :) **

7ze disse...

Ah, mar...

Sim, esse provérbio marca-te, a ponto de te ter inspirado o nome do blog... Julgo que já tínhamos abordado (implicitamente, claro) o assunto, precisamente numa ilustra em que o vi, sem estar representado.

Uma âncora em terra firme: não somos peixes (nem adolescentes, já, nem tubarões, sequer)... É necessária uma síntese, saber equilibrar a capacidade de arriscar, de descobrir, com as correntes que nos prendem ao chão, que não podem ser renegadas, numa firmeza telúrica.

Por isso julgo que a letra desta mensimagem traduz muito bem o espírito do conceito que introduziste no media que usas. E traduzir é a palavra certa. A tua produção começa a raiar a consistência, irradiando beleza. Nada é definitivo:

«
_Matar?
_Não. Prender.
»

Quando se penetra assim no âmago do sentido, só sobra mesmo continuar em frente. Não é fuga nem cavalgada, apenas...

Mata, mata, mata
Nada, nada, nada

7ze disse...

E também, voltar... Para onde? Temos outra base para além do destino?

P.S. Desculpa tantas perguntas. Não vivemos numa esfera? Se continuar sempre em frente, nem que seja por mar, volto.

Anónimo disse...

Um auto-retrato, também.

Um link à Tarzan!

liliana_lourenço disse...

7ze:

Podemos sempre voltar para nós mesmos.
Independentemente de irmos encontrando sempre outras alternativas, é importante não nos esquecermos do caminho que nos leva de volta a nós. :)

O destino.. hmmm.. eu prefiro acreditar que me tenho como base a mim e aos meus pensamentos. :)

Obrigada pelas palavras. :)

**